Nunca os bancos lucraram tanto quanto neste governo
O ministro da Economia, Paulo Guedes, é um excelente pai para os banqueiros. Mesmo com o Brasil mergulhado numa terrível crise financeira e de saúde, os bancos fecham o ano 2021, o primeiro após a pandemia da covid-19, com altos lucros.
Os três maiores bancos privados do País (Bradesco, Itaú e Santander), juntos registraram lucro de R$ 69,4 bilhões no ano passado. Segundo economistas, é o maior valor nominal da história, com crescimento de 34,8% em comparação com 2020.
Na avaliação de Guedes, o que atrasa o progresso do Brasil seria os direitos conquistados pelos trabalhadores, debaixo de muita luta nos últimos 30 anos. Dai, a luta para tentar aprovar Leis no Congresso Nacional precarizando ainda mais as condições de trabalho nas empresas.
Enquanto os banqueiros são beneficiados cada vez mais com as altas sucessivas da taxa Selic, que desde 17 de março de 2021 não para de subir até chegar a 10,75% neste mês de fevereiro, a população sofre com o descontrole da economia.
Combustível caro faz preço disparar no comércio
Nos postos de combustíveis, o etanol está acima de R$ 4,20 e a gasolina acima de R$ 6,30. O diesel está em R$ 3,61. O gás de cozinha, que em janeiro de 2020 custava, em média, R$ 72,00, em 2022 já atingiu o patamar de R$ 105,00.Mato Grosso Sul tem o gás de cozinha mais caro do Brasil, R$ 123,00.
Em algumas cidades do Rio de Janeiro, caso de Angra dos Reis, o litro do etanol é vendido a R$ 6,88. A ironia do destino é que a menos de 5 quilômetros do Centro da cidade, está trabalhando a todo vapor a plataforma Petrobrás 1000, extraindo petróleo do fundo do mar.
Para não ficar no prejuízo, o comércio repassa os custos pagos no transporte de mercadoria, que percorrem longo caminho do campo até chegar ao supermercado e feira livre. Para complicar mais a situação, o valor do pedágio sofreu reajuste, sempre acima de 10%. Em Mato Grosso, o aumento foi de 33% na Rodovia MT 242, já em Pernambuco a alta chegou a 10,35%.
Na Via Dutra, o menor valor do pedágio varia de R$ 3,50, em Arujá (SP), a R$ 14,20, em Itatiaia, Rio de Janeiro. Por ser rodovia federal e com grande trânsito de veículo de carga, as mercadorias que chegam a São Paulo sofrerão o impacto do preço que os caminhoneiros pagam nas praças de pedágios, impactando no valor dos produtos vendidos em feiras e supermercados.