Não conseguimos nada porque há uma oposição nossa mesmo”, afirmou ministro da Economia em comissão do Senado

 

 De acordo com o ministro da Economia de Bolsonaro, Paulo Guedes, o principal opositor do governo no Congresso Nacional é o próprio Executivo. A declaração foi dada em sua participação em reunião da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado nessa quarta-feira (27) para falar sobre temas de sua pasta.

“Eu acho que está havendo uma falha enorme. O governo saiu com uma popularidade enorme das urnas. Mandamos as duas propostas (“reforma” da Previdência e pacote anticrime) e não conseguimos nada porque há uma oposição nossa mesmo”, disse.

O ministro tentou justificar ainda o fato de não ter ido à Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados na última terça-feira (26) afirmando que sua ausência se deu pelo fato de que ele “não seria bem-vindo” no colegiado. “O aviso que eu recebi é mais ou menos o seguinte: ‘você está indo num lugar sem relator, sem qualquer apoio e para tomar pedrada de todo mundo. Até mesmo do seu partido’”. A ida de Guedes à comissão foi reagendada para a próxima quarta-feira (3).

A PEC da Previdência chegou ao Congresso Nacional em janeiro e agora aguarda escolha de relator na CCJ, que deve ser anunciado na próxima semana. Dentro da Câmara, o projeto será analisado primeiro pela comissão, que vai avaliar se a proposta fere garantias constitucionais.

Se for aprovada pela CCJ, a proposta será encaminhada para uma comissão especial, destinada a examinar o mérito. É nessa fase que poderão ser apresentadas emendas, com o mínimo de 171 assinaturas de deputados, no prazo de 10 sessões. Essa comissão, designada pelo presidente da Casa, terá o prazo de 40 sessões do plenário para votar um parecer.