O setor empresarial, mesmo surfando no lucro, procura sempre, na mesa de negociação, mostrar que não existem motivos para reivindicar reajuste salarial. Porém, os números não mentem. Essa regra da matemática é infalível. A indústria farmacêutica, mesmo durante a pandemia da covid-19, continua lucrando e muito.

Pé no chão: Não temos a ilusão de imaginar que os novos contratados que conseguiram sair da triste estatística dos atuais 15 milhões de desempregados vão ganhar o mesmo salário dos demitidos, que foram muitos nos últimos dois anos. Infelizmente alguns empresários deste setor fugiram da ética e para manter os seus cofres cheios, adotaram a redução de salários, usando as brechas da Reforma Trabalhista da era Michel Temer.

reforma trabalhista: Para piorar, quem escapou do facão, não ficou em situação melhor. Não é novidade para ninguém a precariedade, que não para de crescer no chão de fábrica. Os maus empresários encontram brechas e usam a reforma trabalhista como desculpa para tentar retirar direitos conquistados com muita luta. Tudo visando aumentar o lucro.
Ao analisar os dados econômicos feitos pelo Dieese, sobre o mercado de trabalho no setor da indústria farmacêutica, em nível estadual e de Brasil, percebemos que a maioria das empresas continua demitindo e contratando, com salários inferiores e aplicando as danosas regras derivadas da tenebrosa Reforma Trabalhista ocorrida no governo Michel Temer.

uNIÃO: Cabe aos trabalhadores, principalmente neste momento de pandemia, aumentar o seu apoio ao Sindicato. Usem a internet para entrar em contato com a diretoria, coloquem suas reclamações, revelem quais são as falhas cometidas por sua empresa no cumprimento de nossa Convenção Coletiva de Trabalho, que ainda têm valor de Lei. Não foi anulada, como alguns empresários dizem, para reduzir a participação sindical dos trabalhadores.
Infelizmente o capitalismo aplicado no Brasil é o de modelo selvagem, quando a regra maior é demitir em vez de manter empregos, peça importante na geração de riqueza e responsável pelo giro da economia. A cada negociação com a Bancada Patronal percebemos que em vez de evoluir economicamente, a mentalidade de alguns empresários do setor farmacêuticos é de explorar o trabalhador, colocando diversas barreiras para conceder um bom reajuste salarial.