Recentemente, o Brasil se tornou membro do PIC/S – o Pharmaceutical Inspection Cooperation Scheme. E isso tem consequências práticas muito positivas para a Indústria Farmacêutica.

Trata-se de um importante reconhecimento das autoridades e organizações que regulam o mercado farmacêutico em todo o mundo sobre a excelência e o alto padrão das inspeções realizadas pela Agência Nacional de Vigilância Nacional – Anvisa no Brasil e em outros países, tendo por referência os mais modernos parâmetros e critérios globais que orientam as Boas Práticas de Fabricação – BPF de medicamentos e insumos farmacêuticos de uso humano.

O ingresso da Anvisa no PIC/S reafirma também a excelência e o alto padrão dos medicamentos produzidos no Brasil. É um atestado de qualidade, eficácia e segurança dos produtos.

Segundo Luciana Colli, farmacêutica e professora do ICTQ – Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação para o Mercado Farmacêutico, essa inserção tem consequências práticas muito positivas para quem trabalha na área da Gestão da Qualidade. “Se imaginarmos que as auditorias, as fiscalizações que a Anvisa fizer, e as certificações de boas práticas vão ter validade internacional, isso alça nossas empresas a um novo patamar, se comparada com as indústrias farmacêuticas de outros países. Logo, isso atesta que os medicamentos fabricados no Brasil têm tanta qualidade, tanta eficácia, quanto os de outros países”.

Ainda segundo Luciana, para a indústria farmacêutica brasileira significa ter um sistema de qualidade que é compatível com o das maiores potências mundiais. Isso facilita para a sua empresa fazer acordos, cooperações, exportações de medicamentos, e, além do mais, isso gera toda uma economia para todo o sistema farmacêutico. “Não precisa ter uma duplicidade de auditoria, sendo que a auditoria do Brasil já é válida em outros países, para os membros do PIC/S”, atesta. 

Para Antonio Silvan Oliveira, presidente do SindiQuímicos e da CNTQ, a conquista da certificação internacional representa a soma de esforços e empenho dos empreendedores, mas também da capacitação e competência dos trabalhadores do setor. “O movimento sindical espera que este reconhecimento internacional na qualidade e segurança dos produtos farmacêuticos também se reverta em reconhecimento ao trabalhador, com mais valorização e melhores remunerações”, salienta.