A criação de empresas desacelerou nos últimos meses, aponta a Serasa Experian. Na comparação de novembro com outubro de 2016, o último dado compilado, houve diminuição de 4,4%.

A mudança de ritmo acompanhou uma melhora relativa dos empregos formais, segundo Luiz Rabi, economista do birô de crédito.

Nos últimos anos, a maioria das novas empresas foram criadas por profissionais que perderam suas vagas e tornaram-se empreendedores,

Entre maio de 2015 até o meio do ano passado, houve um crescimento acentuado de novos MEIs (microempreendedores individuais).

A porcentagem da categoria no total de empresas nascentes chegou ao auge: 79%.

A divisão por setores da economia também tem um recorde: serviços são 63% dos empreendimentos.

“De setembro para cá, o número de novos CNPJs começou a enfraquecer, o que coincidiu com resultados menos ruins do mercado formal de trabalho. O ritmo de perda de vagas caiu de 200 mil para 100 mil por mês.”

No acumulado até novembro de 2016 há estabilidade: foi um crescimento de 0,2% em relação ao ano retrasado.

No Norte, Nordeste e Centro-Oeste, a criação de novas empresas caiu em 2016, na comparação com 2015.

A previsão da Serasa é que, em 2017, o número de novas empresas seja menor que no ano passado, diz Rabi. “Vai haver um equilíbrio de demissões e admissões e as aberturas serão menores.”

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