Arroz, feijão, carne, tomate, batata, pão, leite, tudo subiu de preço no ano passado. Dieese calculou em R$ 5.304,90 o salário mínimo necessário

Alta generalizada

Não houve um “vilão” responsável pela alta. A pesquisa mostra que vários itens subiram em todo o país ao longo do ano. O Dieese aponta que em 2020, a maior parte dos produtos da cesta básica apresentou elevação de preços em todas as capitais, “causada, principalmente, pela desvalorização cambial, pelo alto volume das exportações e por fatores climáticos, em decorrência de longos períodos de estiagem ou de chuvas intensas”.

 

Nessa lista incluem-se carne bovina de primeira, leite, manteiga, óleo de soja, pão francês, café, batata, arroz agulhinha, tomate, açúcar, farinha de trigo. Com variações por região ou cidade.

 

 

(Arte RBA)

 

 

A carne, por exemplo, subiu 8,54% no Rio de Janeiro e 24,84% em São Paulo. E foi a 32,01% em Salvador. A alta do arroz variou de 61,41% (São Paulo) a 90,78% (Porto Alegre). Já o feijão foi de 12,39% (Goiânia) a variações acima de 60% nas três capitais da região Sul (61,48% em Curitiba, 62,79% em Florianópolis e 65,83% em Porto Alegre).

O leite, por sua vez, foi de 11,88% (Brasília) a 38% (Vitória). E o sempre lembrado tomate, de 5,79% (Vitória) a 102,56% (Salvador).

São Paulo

Na média de 2020, a cesta básica paulistana custou R$ 558,33, aumento de 13,86% em relação ao ano anterior. Bem acima da inflação, que deverá ficar na casa de 5% – os números do ano para IPCA e INPC serão divulgados nesta terça (12) pelo IBGE.

A jornada média para aquisição dos produtos básicos chegou a 116 horas e 20 minutos, 8 horas e 11 minutos a mais do que em 2019. E o comprometimento do salário mínimo em relação à cesta cresceu de 49,13% para 53,45%.

 

Foto: Reprodução/Montagem RBA
Vitor Nuzzi/RBA