Na prática, pessoa que recebe o piso nacional teria de trabalhar mais de cinco meses para receber o que a Constituição determina para um mês

A pesquisa apurou em Curitiba a alta mais expressiva em um ano (16,30%). Em seguida vêm Natal (15,42%), Recife (13,42%), Florianópolis (12,02%) e Campo Grande (11,26%). As menores taxas acumuladas foram as de Brasília (5,03%), Aracaju (5,49%) e Goiânia (5,93%).

Já as capitais com cesta básica mais cara, ou seja, que exige mais horas de trabalho para comprá-la, foram São Paulo (R$ 690,51), Florianópolis (R$ 689,56) e Porto Alegre (R$ 682,90). Entre as cidades do Norte e Nordeste, localidades onde a composição da cesta é diferente, os menores valores médios foram observados em Aracaju (R$ 478,05), João Pessoa (R$ 510,82) e Salvador (R$ 518,21).

 
 

Os preços dos alimentos básicos, principalmente os que são commodities, seguiram elevados em 2021, por dois principais fatores. Um o dólar alto, atraente para as exportações e influenciando negativamente os custos de produção (preços dos insumos); e outro, os problemas climáticos (seca, geada). Por outro lado, outros produtos tiveram redução de preço, uma vez que a economia seguiu em baixa, com poucos empregos criados, crescimento da informalidade e alto desemprego, o que freou o consumo. Muitos produtores não conseguiram repassar os aumentos para o preço final.

Os dados da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos mostraram que, entre dezembro de 2020 e de 2021, nove produtos tiveram alta acumulada de preços em quase todas as capitais pesquisadas. Foram eles: carne bovina de primeira, açúcar, óleo de soja, café em pó, tomate, pão francês, manteiga, leite integral longa vida e farinha de trigo, no Centro-Sul, e de mandioca, no Norte e Nordeste. Por outro lado, batata, arroz agulhinha e feijão registraram taxas negativas na maior parte das capitais.

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