No cartão de crédito, os juros caíram de 8,99% para 5,94%. Essa redução mostra o quanto os bancos continuam praticando vultosos custos e seguem a linha de tentar abocanhar cada vez mais do bolso do trabalhador. Enquanto a taxa atual da Selic é de 5%, os bancos seguem cada vez mais gulosos. Vejam os percentuais na cobrança do cheque especial: O Bradesco cobra 12,44%; o Itaú, 12,51% e Banco do Brasil, 12,17%.
Para desfrutar destes índices na Caixa, o trabalhador precisa ser correntista do Banco.
E este detalhe mostra o quanto à especulação financeira ganha dinheiro no Brasil. Tudo sem esforço.
Já no empréstimo pessoal, as taxas de juros mais baixas variam de 8,73% ao ano, cobrada pelo Banco Sofisa; a 1.605,74% praticada pelo Banco JeBacred; Crefisa, com 961,15%; BMG, 703,88%; Biorc Financeira, 709,03% e Midway, 468%.
Os dados acima estão na página do Banco Central, onde aparecem as 76 instituições financeiras com o percentual cobrado por todas elas durante o ano. Para os banqueiros, a taxa Selic de 5% não tem importância, é ignorada. Vale continuar extorquindo a população por meio de juros que não existem nos países que respeitam a sua população, em especial, os trabalhadores que ajudam a construí-lo. No Banco Central norte-americano o juro anual não chega a 3%.

De olho nas Tarifas – As pessoas mantêm suas contas em bancos, pagando taxas que não precisariam pagar. Pior, às vezes, nem sabem quanto pagam. Os bancos lucram muito com as chamadas “Cestas de Tarifas” que é descontada todo mês, você movimente ou não a sua conta. O fato é que os consumidores não usam tudo o que o pacote oferece e a maioria deles é determinado pelo Banco Central como “pacote essencial gratuito”. Além disso, tem sempre aquela conversa do gerente ou do caixa te empurrando um título de capitalização com a falsa promessa de liberação de crédito ou aumento no limite do cartão de crédito.

 

 

 

 

Especuladores do mercado financeiro embolsam boladas

Do orçamento executado de 2018, algo em torno de R$ 2,621 trilhões; 40,66% desta montanha de dinheiro ficaram com os especuladores do mercado financeiro. Sem fazer força ou se preocupar com a produção do chão de fábrica, pagamento de fornecedores, compra de matéria-prima e transporte para escoar as mercadorias, os banqueiros abocanharam a fortuna de R$ 1,065 trilhão.
Este dinheiro é suficiente para construir aproximadamente 1.000 hospitais de cerca de 8.500 metros quadrados, para atender uma população de 40 mil pessoas com 160 leitos, sendo 12 para UTI, pronto-socorro, triagem, farmácia, cozinha e lavandeira. Essa fortuna, também, garantiria com folga as despesas anuais com funcionários, incluindo médicos, enfermeiros, anestesistas, seguranças e recepcionistas.
Mas o governo federal não gosta que o brasileiro tenha saúde de qualidade. Do orçamento da União de 2018, o investimento neste segmento recebeu apenas 4,09% desta fortuna. Para que a população não tenha senso crítico e descubra essas falcatruas, o Orçamento da União/2018 destinou apenas 3,62% deste bolo para a Educação.