Em meio ao atual cenário com altos índices de desemprego, pandemia e economia estagnada, o Governo de Jair Bolsonaro, representado pelo ministro da economia, Paulo Guedes, se aproveita da fragilidade do momento, utilizando-se de uma falácia de que, a desoneração da folha de pagamento terá como resultado a geração de postos de trabalho, o que sabemos, por experiência, que não terá um saldo positivo e muito menos representará a retomada da economia, como está sendo amplamente propagado.

Embora, o presidente Jair Bolsonaro e o próprio ministro Guedes neguem, a todo o momento, que o novo tributo seja a versão da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), o mercado está ressabiado, pois estão usando um álibi de uma eventual desoneração para criar, por conta disso, um outro imposto, em substituição à famigerada CPMF.

O Governo sinaliza uma desoneração da Folha e em contrapartida busca apoio do Congresso para a criação de uma nova CPMF, consequentemente, a desoneração da Folha não será um benefício e sim, uma moeda de troca em prejuízo ao desenvolvimento e a retomada da economia.

Necessário se faz que se reduza os juros e que o crédito oferecido ao consumidor seja verdadeiro e dentro de uma realidade compatível com o mercado e no quadro comparativo, porque não dizer que se pratique o que está sendo a SELIC para os bancos.  Pois, os bancos ao buscarem recursos junto ao Banco Central obtêm como parâmetro a SELIC mais a taxa de administração e não os juros extorsivos que vem sendo praticados ao cidadão e empreendedores, com juros de empréstimos pessoais que saem da casa de 1,5% chegando aos juros do cheque especial chegando a 8% e da operação de cartão de crédito por volta de 12%.

A diretoria do Sindicato dos Químicos de Guarulhos e Região – SindiQuímicos e da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Químico – CNTQ repudiam veementemente a atitude do Governo Bolsonaro em usar da necessidade da geração de emprego para aumentar a carga tributária, sabendo que isso não irá contribuir para a melhoria da qualidade de vida e da sobrevivência da família brasileira.

 

Não precisa ser economista pra saber que a retomada da economia é obtida por meio do consumo. Isso sim pode mudar o cenário atual e fazer com que a economia seja readquirida. E para que isso aconteça, o Governo Federal precisa imediatamente parar de beneficiar os bancos e agir com austeridade na redução de juros ao consumidor, o que irá facilitar o acesso ao crédito, e por consequência, irá mover a roda da economia.

 

É impensável reaver o crescimento econômico com a Taxa Selic a 2,75% ao ano e juros abusivos dos bancos no empréstimo pessoal, cheque especial e no cartão de crédito, isso sem falar nas tarifas com taxas astronômicas.

Definitivamente, o Governo de Jair Bolsonaro parece satisfeito em repetir comportamentos que já sabemos, não agregam e muito menos contribuem para o desenvolvimento Social e Econômico deste País. Ele não parece preocupado em acertar o compasso de nossa economia.